Proteger o meio ambiente
A disponibilidade de água em quantidade e qualidade é essencial para as nossas operações. Utilizamos água diretamente para nossas unidades de produção e processamento de óleo, gás e derivados; para geração de vapor, refrigeração e consumo humano, entre outros usos. Como consequência, praticamente todas as nossas atividades geram efluentes domésticos e industriais, como, por exemplo, a água produzida.
Entendendo a relevância estratégica desse recurso para a sustentabilidade dos nossos negócios em toda a cadeia produtiva (upstream e mid/downstream), sejam em operações em terra ou em ambientes offshore, empreendemos esforços para melhoria contínua da gestão dos recursos hídricos e efluentes, considerando nosso valor de respeito à vida e integridade das nossas instalações.
O tema material água e efluentes inclui a variação na disponibilidade ou qualidade da água nas nossas áreas de influência em função da captação ou descarte de efluentes associados às atividades da companhia, incluindo água produzida. Abrange impactos negativos à biodiversidade e saúde humana no caso de escassez hídrica para captação de água ou assimilação dos nossos efluentes, e impactos positivos como a devolução de recurso hídrico em melhor qualidade do que a captada ou na implementação de projetos de conservação e recuperação de nascentes e mata ciliar, bem como e adaptação tecnológica de atividades de E&P e refino em cenários de escassez hídrica permanente.
GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS E EFLUENTES
A nossa gestão de recursos hídricos tem como princípio básico a constante busca pela racionalização do uso da água, que permita tanto garantir o suprimento necessário às nossas atividades, quanto contribuir para a sua conservação (quantidade e qualidade) e a disponibilidade nas áreas de influência de nossas instalações. Nesse sentido, buscamos a adoção de tecnologias pouco intensivas no uso da água, a minimização do seu uso nas operações e processos, o reúso e a identificação de fontes alternativas de suprimento, sempre considerando a disponibilidade hídrica local e a viabilidade técnicoeconômica e ambiental das ações.
Sobre os efluentes gerados, buscamos a minimização das substâncias poluentes descartadas, por meio da segregação, tratamento e destinação adequada das correntes, também observando os aspectos relacionados à capacidade de assimilação dos corpos hídricos receptores e a viabilidade técnico-econômica das medidas, com o objetivo de evitar ou mitigar eventuais impactos ambientais.
Utilizamos diversas ferramentas para a gestão dos recursos hídricos e efluentes, cujos resultados são acompanhados pela alta administração. Desenvolvemos padrões de processos e normas técnicas específicas, os quais estabelecem diretrizes e requisitos que devem ser observados e desdobrados por todas as nossas áreas de negócio e servem como referência para as nossas demais empresas.
1 Os dados incluem a controladora e as empresas Petrobras Biocombustível, Petrobras Bolívia, Petrobras Colombia Combustibles S.A. (PECOCO) e Transpetro.
Estamos comprometidos com a segurança hídrica e temos como um de nossos direcionadores ASG o de ser “Positiva em Água” nas áreas de criticidade hídrica onde atuamos, através da redução da captação de água doce e da melhoria da disponibilidade hídrica local, contribuindo para a segurança hídrica. Nesse sentido, assumimos, e reafirmamos publicamente no nosso Plano Estratégico 2024-2028+, o compromisso de redução de 40% da nossa captação de água doce até 2030, com relação a 2021.
A partir do compromisso, estabelecemos nossas metas anuais para o indicador Água Doce Captada (ADC). O atingimento de tais metas influencia na remuneração variável do gerente executivo de SMS da companhia e na Participação nos Lucros e Resultados (PLR)2 dos nossos empregados.
2 Cálculo do potencial de redução foi revisado em relação ao reportado no ano anterior
ÁGUA COMO UM RECURSO COMPARTILHADO
Captamos água de mananciais superficiais (rios, lagos etc.), mananciais subterrâneos (poços freáticos ou artesianos), recebemos água de terceiros (concessionárias públicas ou outras empresas) e geramos água produzida quando extraímos óleo e gás das suas formações.
No Brasil, os limites máximos de retirada de água doce do ambiente são estabelecidos pelos órgãos públicos responsáveis pela gestão de recursos hídricos, considerando critérios hidrológicos e os múltiplos usos humanos e ecológicos da água dentro de uma bacia hidrográfica. É proibido, pelo ordenamento jurídico, retirar mais água do que o autorizado pelo órgão competente. Além disso, investimos continuamente na avaliação de impactos das nossas atividades, observando as áreas protegidas e as áreas sensíveis mapeadas nas regiões de influência de nossas unidades, a partir de processo interno específico e padronizado para este fim. Em 2023, não identificamos impactos quantitativos ou qualitativos significativos nos mananciais, decorrentes dos nossos processos de captação direta de água.
Os efluentes que são lançados no ambiente são previamente tratados de forma a atender aos padrões de qualidade de lançamento estabelecidos na legislação ambiental. Em 2023, não identificamos impactos quantitativos ou qualitativos significativos nos mananciais, decorrentes do lançamento de nossos efluentes.
USO DE ÁGUA DOCE E REÚSO
Ao longo de 2023, captamos 114.663 megalitros de água doce para nossas atividades operacionais e administrativas, 13% abaixo da nossa meta5 (limite máximo) de 131.900 megalitros.
Parte significativa de nossos investimentos na racionalização do uso da água tem sido orientada para o desenvolvimento de projetos de reúso. Entre os benefícios alcançados, obtivemos a redução das nossas necessidades globais de captação de “água nova”.
5 Para fins da PLR especificamente, a demanda das usinas termelétricas não é contabilizada, por conta de sua significativa variabilidade em função das necessidades do Sistema Interligado Nacional de energia elétrica. Para 2023, a meta (limite máximo) foi de 119.400 megalitros e o volume captado foi de 109.995 megalitros.