Relatório de Sustentabilidade
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Proteger o meio ambiente

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Gestão de resíduos e descomissionamento

 

 

O modelo de produção linear tem colocado grande pressão sobre o meio ambiente e o capital natural, gerando impactos relacionados à extração de recursos naturais e à geração de resíduos sólidos. Diante disso, empreendemos esforços para melhoria contínua da gestão de nossos produtos em todo o ciclo de vida e temos buscado fechar nossos processos à luz da economia circular, reinserindo os resíduos no ciclo produtivo de forma a minimizar sua disposição final no meio ambiente e a necessidade de extração de matéria-prima.

 

Reconhecendo a relevância do tema para a sustentabilidade de nossos negócios em toda cadeia produtiva, temos como um de nossos direcionadores ASG minimizar a geração e maximizar o reúso, reciclagem e recuperação de resíduos, promovendo práticas de economia circular e buscando a destinação zero para aterros. Nesse sentido, assumimos e reafirmamos em nosso Plano Estratégico 2024 – 2028+ (PE 2024 – 28+), os compromissos de reduzir em 30% a geração de resíduos sólidos de processo até 2030, gerando no máximo 195 mil toneladas/ano, e de destinar pelo menos 80% desses resíduos para rotas de reúso, reciclagem e recuperação (RRR) até 2030.

 

Para isso, temos desenvolvido ações de circularidade visando permitir o reaproveitamento de nossos resíduos como matéria-prima para produtos derivados de petróleo, e em outros processos produtivos. A eficácia dessas iniciativas é monitorada através de indicadores que medem a quantidade de resíduos gerados e o percentual destinado para rotas RRR.

 

A figura ilustra o fluxo de processos simplificado das entradas, atividades e saídas relacionadas a gestão de resíduos.

 

GERENCIAMENTO DE IMPACTOS RELACIONADOS A RESÍDUOS

Desde 2013, adotamos práticas de economia circular em nossas atividades para prevenção da geração de resíduos sólidos, com destaque para o reaproveitamento de borras oleosas na produção de óleo de xisto e coque verde de petróleo. Essas práticas permitiram reduzir a geração de resíduos perigosos em mais da metade, de 245 mil toneladas para 79,6 mil toneladas em 10 anos, minimizando seus eventuais impactos negativos ao meio ambiente e às pessoas.

 

Para desenvolvimento de novos projetos utilizamos a metodologia Front-End Loading (FEL) de planejamento e aprovação de cada fase do empreendimento em função da viabilidade técnica, econômica e ambiental, em que são avaliados critérios técnicos relacionados à minimização da geração e otimização da destinação de resíduos.

 

Rotineiramente, diversos estudos são realizados como parte do processo de licenciamento ambiental de forma a identificar e avaliar os impactos socioambientais ao longo do ciclo de vida do empreendimento, mitigando-se assim impactos relacionados à gestão de resíduos sólidos. São definidas medidas preventivas, mitigadoras e compensatórias nas fases de instalação, operação e desativação dos empreendimentos.

 

Investimos cerca de R$14 milhões em projetos de pesquisa e desenvolvimento no Cenpes em tecnologias relacionadas à redução e reaproveitamento de resíduos. 

 

A governança de resíduos permeia todos os níveis da companhia, havendo um Fórum Temático de Resíduos, composto por especialistas da companhia, que se reporta à Comissão de Meio Ambiente. 

RESÍDUOS GERADOS

Em 2023, a geração de resíduos sólidos perigosos e não perigosos, em nossos processos, foi de 79,6 mil e 143,9 mil toneladas, respectivamente, totalizando 223,5 mil toneladas de resíduos. A geração de resíduos de processos em 2023 foi o melhor desempenho dos últimos quatro anos, resultado da soma das ações de economia circular implementadas e a diminuição pontual de atividades não-contínuas de limpeza e manutenção.

 

De forma a atingir nosso novo compromisso ASG de resíduos, estamos planejando novas ações de circularidade, otimizações operacionais, contratações sustentáveis, e treinamento e conscientização da força de trabalho, para chegar a 2030 gerando no máximo 195 mil toneladas de resíduos de processo.

DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS

Em 2023 foram destinadas, respectivamente, 77,1 mil e 158,5 mil toneladas de resíduos perigosos e não perigosos dos nossos processos. O gerenciamento adequado dos nossos resíduos sólidos permitiu que 91% da massa dos resíduos perigosos gerados nos processos fosse destinada para rotas RRR. O total de resíduos perigosos de processos destinados para rotas não RRR foi de 6,7 mil toneladas, portanto, inferior ao limite corporativamente estabelecido para o ano (15,9 mil toneladas).

 

Também em 2023, foi possível alcançar que 69% da massa de resíduos sólidos não perigosos de processo fosse destinada para rotas RRR. A destinação de resíduos não perigosos de processos para rotas não RRR foi de 49,1 mil toneladas, portanto, inferior ao limite estabelecido para o ano (55,6 mil toneladas).

 

No total, 76% da massa de resíduos sólidos perigosos e não perigosos de processo foi destinada para rotas RRR, o que reitera nossos esforços para adoção de práticas de economia circular e nos coloca no caminho do nosso novo compromisso ASG de destinar 80% dos resíduos sólidos de processos para rotas de RRR até 2030.

FLUIDOS DE PERFURAÇÃO

Em 2023, foram geradas 2,0 mil toneladas e destinadas 1,5 mil toneladas de cascalhos e fluidos de base aquosa dos processos de exploração e produção em operações terrestres ou desembarcados de operações offshore2 . Também geramos e destinamos 0,1 mil toneladas de cascalhos e fluidos de base não aquosa. Alternativas de tratamento ou disposição final ambientalmente adequadas desses materiais foram adotadas.

BORRAS OLEOSAS

Em 2023, foram geradas 39,6 mil toneladas e destinadas 38,3 mil toneladas de borras oleosas. Para essa parcela, que não é reaproveitada como matéria-prima para produtos derivados de petróleo, são adotadas alternativas de tratamento ou disposição final ambientalmente adequadas.

PROCESSOS DE DESCOMISSIONAMENTO

O processo de gestão ativa de portfólio do E&P deve levar em consideração questões relacionadas ao descomissionamento dos ativos, que é uma exigência legal a ser executada quando o ciclo de vida do sistema de produção se encerra, ou no âmbito de projetos de revitalização de áreas, através da substituição de sistemas antigos por novos, tratando-se, portanto, de um processo natural dentro do ciclo produtivo da indústria de óleo e gás, que será cada vez mais comum no Brasil, diante da proximidade do fim da vida produtiva de muitos sistemas de produção marítimos.

 

Em cumprimento à resolução nº. 817/2020 da ANP, os Programas de Descomissionamento das Instalações (PDI) marítimas são avaliados e aprovados pela ANP, Ibama e Marinha considerando as atribuições institucionais de cada órgão. Em síntese, o Ibama analisa as soluções apresentadas do ponto de vista ambiental; a ANP sob a perspectiva técnica, verificando a adequação das propostas às melhores práticas da indústria; e a Marinha observa se as questões afetas à segurança da navegação e outros usos do mar estão garantidas.

 

Buscamos converter o descomissionamento dos nossos ativos numa alavanca de valor em sustentabilidade no nosso ciclo produtivo, alinhados aos nossos compromissos com o desenvolvimento econômico do país, com a inovação sustentável e com a melhoria da qualidade de vida de toda a sociedade, respeitando direitos humanos e o meio ambiente e contribuindo para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

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