Relatório de Sustentabilidade
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Ambiental

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Água e efluentes

A  disponibilidade de água em quantidade e qualidade é essencial para as nossas operações. Utilizamos água diretamente para nossas unidades de produção e processamento de óleo, gás e derivados; para geração de vapor; refrigeração; consumo humano; entre outros. Como consequência, praticamente todas as nossas atividades geram efluentes domésticos e industriais, como por exemplo a água produzida.

 

Por isso, empreendemos esforços para melhoria contínua da gestão dos recursos hídricos e efluentes considerando nosso valor de respeito à vida e integridade das nossas instalações. 

 

Dessa forma, entendemos que o assunto é muito relevante e estratégico para a sustentabilidade dos nossos negócios em toda a cadeia produtiva (upstream e mid/downstream), sejam em operações em terra ou em ambientes offshore. 

 

 

Gestão de recursos hídricos e efluentes

A  nossa gestão de recursos hídricos tem como princípio básico a constante busca pela racionalização do uso da água, que permita alcançar os objetivos, tanto de garantir o suprimento necessário às nossas atividades, quanto de contribuir para a sua conservação (quantidade e qualidade) e disponibilidade nas áreas de influência de nossas instalações. Nesse sentido, buscamos a adoção de tecnologias pouco intensivas no uso da água, a minimização do seu uso nas operações e processos, o reúso e a identificação de fontes alternativas de suprimento, sempre considerando a disponibilidade hídrica local e a viabilidade técnico-econômica e ambiental das ações.

 

Sobre os efluentes gerados, buscamos a minimização das substâncias poluentes descartadas, por meio da segregação, tratamento e destinação adequada das correntes, também observando os aspectos relacionados à capacidade de assimilação dos corpos hídricos receptores e a viabilidade técnico-econômica das medidas, com o objetivo de evitar ou mitigar eventuais impactos ambientais.

 

Utilizamos diversas ferramentas para a gestão dos recursos hídricos e efluentes, cujos resultados são acompanhados pela alta administração. Desenvolvemos padrões de processos e normas técnicas específicas, os quais estabelecem diretrizes e requisitos que devem ser observados e desdobrados por todas as nossas áreas de negócio e servem como referência para as nossas demais empresas. Além disso, atualizamos o nosso Compromisso de Sustentabilidade em segurança hídrica para uma redução de 40%  da nossa captação de água doce até 2030. 

 

ÁGUA  DOCE CAPTADA (dados consolidados em megalitros):

 


 

Como  forma de avaliação externa da nossa gestão hídrica, participamos anualmente do processo de avaliação do Dow Jones Sustainability™ World Index (DJSI World) e do CDP Segurança Hídrica. Dentro desse aspecto, em 2022, obtivemos no DJSI World nota máxima no critério “Riscos Relacionados à Água” pelo quarto ano consecutivo, e também nos destacamos no critério de “Ecoeficiência Operacional”. Já no CDP Segurança Hídrica, alcançamos o conceito A- (Liderança) pelo segundo ano consecutivo. Tais reconhecimentos reforçam a qualidade da nossa gestão do tema.  

 

Água como um recurso compartilhado

Captamos  água de mananciais superficiais (rios, lagos etc.), mananciais subterrâneos (poços freáticos ou artesianos), recebemos água de terceiros (concessionárias públicas ou outras empresas) e geramos água produzida quando extraímos óleo e gás das suas formações. 

 

No Brasil, os limites máximos de retirada de água doce do ambiente são estabelecidos pelos órgãos públicos responsáveis pela gestão de recursos hídricos, considerando critérios hidrológicos e os múltiplos usos humanos e ecológicos da água dentro de uma bacia hidrográfica. Além disso, investimos continuamente na avaliação de impactos das nossas atividades, observando as áreas protegidas e as áreas sensíveis mapeadas nas regiões de influência de nossas unidades, a partir de processo interno específico e padronizado para este fim. Em 2022, não identificamos impactos quantitativos ou qualitativos significativos nos mananciais, decorrentes dos nossos processos de captação direta de água.

 

Os principais tipos de descartes na companhia são os efluentes industriais (gerados nas mais variadas atividades da indústria de óleo e gás), efluentes sanitários (em quantidades significativamente inferiores) e água produzida descartada (principal efluente do processo de produção de petróleo).

 

Os efluentes que são lançados no ambiente são previamente tratados de forma a atender aos padrões de qualidade de lançamento estabelecidos na legislação ambiental. Em 2022, não identificamos impactos quantitativos ou qualitativos significativos nos mananciais, decorrentes do lançamento de nossos efluentes.

 

 

Uso de água doce e reúso

Ao longo de 2022, captamos 122.167 megalitros de água doce para nossas atividades operacionais e administrativas, 19% abaixo da nossa meta (limite máximo) de 151.700 megalitros.

 

USO  DE ÁGUA DOCE E REÚSO (megalitros):


 

Parte  significativa de nossos investimentos na racionalização do uso da água tem sido orientada para o desenvolvimento de projetos de reúso. Entre os benefícios alcançados, obtivemos a redução das nossas necessidades globais de captação de “água nova”.

 

Em 2022, o volume total de reúso foi de 50.700 megalitros, o que corresponde a 29,3% de nossa demanda total de água doce. A partir dessas ações de reúso, estimamos uma economia anual de aproximadamente R$ 16 milhões nos custos de captação de água.

Descarte total de água e efluentes

O nosso descarte total de água/efluentes em 2022 pode ser observado na tabela a seguir:

 

DESCARTE TOTAL DE ÁGUA/EFLUENTES  (dados consolidados em megalitros):

 

 

O valor total de descarte de água e efluentes foi de 2.797.500 megalitros, sendo que 20.656 megalitros (0,7%) foram em áreas de estresse hídrico.


 

Água produzida

Gerenciamos os nossos descartes de água produzida offshore de acordo com a resolução CONAMA nº. 393/2007, que é a regulamentação brasileira que dispõe sobre o descarte contínuo de água de produção em plataformas marítimas. Nesta resolução, são descritos os limites diário e mensal para descarte de Teor de Óleos e Graxas (TOG), os quais correspondem a 42 mg/L e 29 mg/L, respectivamente.

 

Em 2022, nós descartamos cerca de 76.873 megalitros de água produzida no ambiente e reinjetamos 53.207 megalitros, para fins de recuperação secundária de petróleo. Esses volumes correspondem a aproximadamente 59% e 41% do volume disposto, respectivamente. A carga total de óleos e graxas na água produzida descartada foi de aproximadamente 1,3 mil toneladas. 

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